domingo, 11 de agosto de 2013

Um dia inesquecível

Contrariando as usuais propostas do capitalismo selvagem, hoje 11 de agosto de 2013, eu e minha esposa Francy resolvemos reunir a família para um almoço especial. Nossos pais, os homenageados, compareceram e foi muito gratificante vê-los reunidos. 


Claro que presentes sempre são bem vindos, mas a ditadura capitalista que pretende arrastar multidões aos shoppings centers dispostas a consumir compulsivamente os mais variados produtos nas datas festivas (muitas delas, criadas com o propósito de fomentar o consumo) acaba por coisificar as relações interpessoais. 





O calendário dos lojistas já preveem permanentemente datas como: Natal; Páscoa; Dia das mães; Dia dos pais; Dia dos namorados; Dia das crianças; Halloween (Dia das Bruxas); engraçado que o comercio não tem escrúpulos, não importa a quem se dirige a homenagem, se ao bem (caso do Natal, por exemplo) ou ao mal (Dia das Bruxas), contanto que haja oportunidade para vender; vender e vender. 


Os profissionais de marketing têm sido muito eficientes em estabelecer um caráter transversal nas atividades comerciais (tudo leva as vendas).

Por isso, decidimos não nos deixar levar pela “onda” do consumo desenfreado, ainda que tenhamos consumido uma deliciosa refeição (risos), e priorizarmos o estar junto, o compartilharmos momentos de confraternização. Quando deixei minha mãe em casa após o almoço, a ouvi declarar como havia sido bom ter saído de sua casa e se distraído um pouco.

Com seus 84 anos, ela já não passeia com a frequência de outrora. Os seus seis filhos estão todos casados e tem passado os dias ultimamente cuidando do que restou de sua família: ela e meu pai. A casa ficou grande para os dois; os filhos foram embora.

Por tudo isso, o dia dos pais foi um dia cheio de significados. O dia se foi, mas ficou a convicção de que devemos sempre, criar oportunidades para mostrar a quem amamos, o quanto eles são importantes, o que não significa necessariamente, dar-lhes um presente. Basta um tempo de qualidade; um espaço na agenda; uma parada em meio a correria do dia-a-dia, para fazer-lhes companhia.


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