quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Segredo do Casamento




Queremos compartilhar esse belíssimo e inteligente texto:


            Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.

Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.

O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo, no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.

Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção? Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento.

Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo? Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto.

Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.

Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.


Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)
Editora Abril, Revista Veja, edição 1922, ano 38, nº 37, 14 de setembro de 2005, página 24

Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus




Testemunho da Irmã Francineide Aires Castro da Silva, Acadêmica de Letras na Universidade Federal do Maranhão, Conselheira de Jovens e Vice-Diretora da Escola Sabatina, da Igreja Central de Balsas - MA.


Em agosto de 2005 ingressei na Faculdade Piauiense (FAP) para cursar Pedagogia, quando estava para cursar o 4º período do referido curso em 2007, o meu esposo que comandava o 11º Batalhão de Polícia Militar, sediado na cidade de Timon - MA foi transferido para a cidade de Balsas – MA, cidade situada no sul do estado do Maranhão, bem longe de onde nós estávamos e eu obviamente tive que acompanhá-lo.

Ingressei então no Centro de Estudos Superiores da Universidade Estadual da cidade de Balsas, como o referido Centro não disponibilizava o curso de Pedagogia, matriculei-me no curso de Letras, que segundo a Coordenação Acadêmica, tinha uma grade curricular compatível com as disciplinas que já havia cursado até então na faculdade anterior.

Como o curso era noturno comecei a enfrentar sérios problemas com relação às aulas das sextas-feiras (que como sabemos, são horas sabáticas) veja a postagem Tempo de qualidade para o nosso Deus Criador, sobretudo na disciplina de Latim, ministrada pela professora Gisélia Brito, uma jovem de 25 anos e extremamente católica.

As aulas de Latim ocorriam somente às quintas e sextas-feiras o que, para mim, significava que perderia 50% da carga horária. O problema era que o máximo de faltas tolerável era de 25%. Sabia que se não procurasse uma saída alternativa para abonar as minhas faltas estaria praticamente reprovada.

Em virtude de Latim ser uma disciplina complexa e que exige o máximo de assistência do aluno para ser assimilada, achava-me completamente alheia sempre que assistia às aulas de quinta-feira. Como se não bastasse minha visível dificuldade de aprendizagem comecei a receber críticas e pressões de minha professora que tentava a todo custo convencer-me a assistir as aulas nas horas sabáticas de sexta-feira à noite; ela me dizia em plena sala de aula perante os colegas:

- O meu Deus não castiga, Francineide! Você é uma pessoa de pouca fé em achar que seu Deus não vai te perdoar.

Até que um dia, chamou-me para uma conversa particular logo após a aula e disse que se eu não comparecesse às aulas no sábado certamente ficaria reprovada em sua disciplina.

Foi então que propus em meu coração ser fiel a Deus ainda que isso me custasse a reprovação; pensei em trancar a disciplina por que estava realmente muito difícil de acompanhar o conteúdo complexo das declinações latinas assistindo apenas uma aula por semana. Porém, lembrei-me das promessas maravilhosas do Senhor que nos ajuda quando lhe somos fiéis. Dirigindo-me a Ele orei: Senhor! Farei a minha parte e Tu farás a Tua.

Passei várias madrugadas estudando a complexa gramática latina, até que chegou o tão temido dia da avaliação que estava marcado (não sei se a propósito) para ocorrer numa sexta-feira. Dirigi-me então à professora Gisélia para dizer-lhe que não iria comparecer à avaliação de sexta-feira e para a minha alegria, sabendo que era a resposta de Deus por minha fidelidade, ela me disse que poderia submeter-me à avaliação na casa dela.

Por outro lado, a situação sui generis proposta pela professora se constituía em mais uma prova, seria só eu e ela, ou melhor, ela, eu e o meu Deus. Estudei como nunca havia estudado, passei várias noites acordada tentando aprender o que não conseguia assimilar na faculdade e com a ajuda de Deus e do meu esposo que muito me auxiliou nos estudos e acompanhando-me nos exercícios das declinações latinas durante as madrugadas, fui conseguindo entender tudo o que antes parecia impossível.

A barreira intransponível foi derrubada por aquele que é o dono de todo o saber, e que dá sabedoria a quem ele ama. Encontrava-me visivelmente cansada no dia da prova, era um domingo pela manhã quando cheguei à casa da professora acompanhada pelo meu esposo.

Ao vê-lo ela ainda observou:

- Já fiz de tudo para essa moça assistir às aulas das sextas-feiras.

Submeti-me à avaliação e para minha satisfação, fui a única a obter a nota máxima (10,0), enquanto a média geral da disciplina ficou abaixo de 7,0. Recebi uma mensagem da professora pelo celular revelando-me a nota e parabenizando-me pelo feito. Foi assim que conquistei o especial respeito e a grande e sincera amizade da professora de Latim.

Ela passou a considerar-me chegando ao ponto de transferir o horário das aulas que ocorriam esporadicamente nas manhãs de sábado, para a noite. Tive então oportunidade de falar-lhe mais abertamente sobre o meu Deus e da guarda do sábado.

A professora conseguiu aprovação para o mestrado e deveria se ausentar de Balsas – MA e viajar para Goiânia – GO onde deveria cursá-lo, porém antes de sua partida convidei-a para um almoço bem especial em minha casa; na ocasião presente-ei-lhe com uma Bíblia; um exemplar do livro “Os dez Mandamentos”; um exemplar do livro “Esperança para Viver”; uma revista Adventista especial sobre o Sábado e um curso bíblico.

A professora Gisélia, antes de viajar, endereçou-me uma carta em que revela o quanto tem sido gratificante para ela, enquanto professora ter uma aluna aplicada como eu, manifestou enfim, a admiração especial que passou a nutrir por mim em trechos que encontram-se transcritos a seguir:


“... foi um prazer ter você em minhas aulas...”;
“... são pessoas como você que fazem valer à pena o esforço de ensinar...”;
“... admiro muito você... sua presença e suas participações enriqueceram minhas aulas.”
Isso muito me emociona, mas ficarei mais feliz quando minha professora passar a admirar, ou melhor, adorar ao Deus criador e redentor nas sagradas horas sabáticas. Ainda trago na mente o momento singular em que fizemos juntas, pela primeira vez, uma oração em família na sala de jantar de minha casa no dia daquele almoço especial.

Hoje, ela encontra-se em Goiânia fazendo o seu mestrado, oro para que Deus a torne mais uma guardadora dos Seus mandamentos.



Francineide a protagonista desta história