domingo, 11 de abril de 2010

O Vício que mata

Parece contraditório que o homo sapiens, embora se considere ímpar no reino animal por sua prodigiosa inteligência, venha a adotar comportamentos incoerentes com o instinto de preservação tão natural nas espécies animais.


O ato de fumar, por exemplo, sabidamente destrutivo, é por muitos cultivado ainda que seja consensual a idéia de que o hábito de sorver fumaças corresponda a cavar a própria sepultura.

Uma imagem; um gesto, por vezes, vale mais que o muito falar ou escrever. Certo dia, durante uma aula de português instrumental, minha turma foi instada a elaborar um texto sobre a imagem exibida num slide. Pude perceber então todo o poder comunicativo que a linguagem não-verbal possui. As considerações decorrentes de minhas impressões resultaram neste texto.

A imagem resultava da sobreposição de duas cenas, maravilha dos modernos recursos gráficos: no plano superior, se vê uma cerimônia de enterro sob a perspectiva de quem se encontra no interior de uma sepultura; as bordas retangulares do jazigo estabelecem o limite entre a vida e a morte.

Tudo visto acima: os olhares surpresos da multidão fitando o fundo do poço; o sacerdote que preside a despedida; a solitária ave branca que singra os céus; e a árvore desprovida de folhas, contrasta com a segunda cena vista no plano inferior onde, numa sala estrategicamente visualizada no lugar onde seria o fundo da sepultura, dois rapazes despreocupadamente, fumam seus cigarros alheios ao fato de estarem se autodestruindo.

A poderosa mensagem é rica em significados. Enquanto a “irracional” avezinha usa de sua liberdade para fazer o que lhe é próprio; enquanto a árvore tem a chance de experimentar as etapas de sua existência: nascer, crescer, adquirir uma linda e frondosa folhagem, e no outono renovar-se com a substituição de suas folhas; os pobres rapazes, no alvorecer de suas juventudes, “racionalmente” se deixam escravizar pelo vício fatal.

E assim, usando e abusando de suas liberdades para fazerem o que não lhes é próprio, uma vez que seus pulmões foram feitos para processarem oxigênio, ar puro necessário à vitalidade do organismo, como resultado, não terão a mesma sorte da velha árvore que silenciosa contempla a triste cena de jovens vidas prematuramente ceifadas no altar da permissividade.

A idéia resultante é forçosamente, a de que o ato de fumar corresponde a um lento suicídio, a cena do enterro apenas prenuncia o óbvio: a morte prematura dos amigos da nicotina.

O problema é que, uma vez mergulhado no mundo da dependência química, o indivíduo percebe tardiamente que se encontra num ciclo vicioso que pode ser definido como "beco sem saída", ou "fundo do poço", circunstâncias estas para as quais é difícil retroceder sem ajuda externa.

Felizmente, ainda que com resultados tímidos, esforços de comunidades terapêuticas de caráter multidisciplinar de abordagem, e principalmente, com a ativa vontade de recuperação do indivíduo tem se conseguido a recuperação. 

Nesse processo de tratamento dos narco-dependentes, a informação é imprescindível, principalmente por parte dos familiares. Aliás, é consenso entre os terapeutas, que a família adoece junto com o dependente, sendo necessária a orientação da comunidade familiar a fim de que o tratamento possa obter mais possibilidades de êxito, a partir da qualidade das relações interpessoais convenientemente orientada. 


Visando prover esse tipo de orientação, existe por exemplo,  O curso "Tabagismo: como lidar?" direcionado ao público geral, desde profissionais da área da saúde, educação, pessoas fumantes e dependentes de tabaco ou a quem esteja interessado em expandir seus conhecimentos e aprender informações atuais e práticas sobre a dependência de cigarro. O curso tem como objetivo responder perguntas frequentes a respeito dessa doença, esclarecendo questões importantes para aqueles que convivem ou trabalham com indivíduos que sofrem desse problema.  

Sendo o tabaco a porta de entrada para o consumo de substâncias mais forte como a maconha e o crack, podemos obter valiosíssimas orientações através do curso "Dependência de Crack: como lidar?" direcionado ao público geral, desde profissionais da área da saúde, educação a pais de dependentes químicos ou a quem esteja interessado em expandir seus conhecimentos e aprender informações atuais e práticas sobre a dependência de crack. O curso tem como objetivo responder perguntas frequentes a respeito dessa doença, esclarecendo questões importantes para aqueles que convivem ou trabalham com indivíduos que sofrem desse problema.


Em ambos os cursos, é possível obter informações sobre as dependências e as diversas formas de tratamento. É importante ressaltar que esses cursos têm a finalidade educativa e jamais substitui a consulta presencial com profissional habilitado! 

Professores: Aline Baptistão- Psicóloga CRP 06/94648, Ana Carolina Schimidt – Psicóloga CRP 06/99198 e Dr. Hewdy Lobo Ribeiro CREMESP 114681.

3 comentários:

Wilma Rejane disse...

Olá Celso!

Passei para lhe dar as boas vindas da UBE via blog.

Deus o abençoe.

Blog da Pastoragente disse...

Graça e paz!
Vim conhecer seu Blog e tive uma grata surpresa, pois é muito boa sua iniciativa.

Venha dar a honra de sua visita no PASTORAGENTE.BLOGSPOT.COM e, se quiser seguí-lo, vai ser uma alegria para mim.
Lá eu exponho da forma mais realista e divertida possível as situações, dúvidas, experiências ministeriais e pessoais de uma mulher simples como eu.
Fique na paz e que o Senhor abençôe você e toda sua família.
Abração!!!

Unknown disse...

Amado amigo...
Visitar sua pagina, me traz uma grande felicidade por sua inteligencia e capacidade de ter uma pagina dessa,onde você usa para abençoar amigos e família.Muito bonito e inspirador querido amigo seu blog,que Deus abençoe ricamente você e sua família.Edcarlos