quinta-feira, 2 de maio de 2013

Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus




Testemunho da Irmã Francineide Aires Castro da Silva, Acadêmica de Letras na Universidade Federal do Maranhão, Conselheira de Jovens e Vice-Diretora da Escola Sabatina, da Igreja Central de Balsas - MA.


Em agosto de 2005 ingressei na Faculdade Piauiense (FAP) para cursar Pedagogia, quando estava para cursar o 4º período do referido curso em 2007, o meu esposo que comandava o 11º Batalhão de Polícia Militar, sediado na cidade de Timon - MA foi transferido para a cidade de Balsas – MA, cidade situada no sul do estado do Maranhão, bem longe de onde nós estávamos e eu obviamente tive que acompanhá-lo.

Ingressei então no Centro de Estudos Superiores da Universidade Estadual da cidade de Balsas, como o referido Centro não disponibilizava o curso de Pedagogia, matriculei-me no curso de Letras, que segundo a Coordenação Acadêmica, tinha uma grade curricular compatível com as disciplinas que já havia cursado até então na faculdade anterior.

Como o curso era noturno comecei a enfrentar sérios problemas com relação às aulas das sextas-feiras (que como sabemos, são horas sabáticas) veja a postagem Tempo de qualidade para o nosso Deus Criador, sobretudo na disciplina de Latim, ministrada pela professora Gisélia Brito, uma jovem de 25 anos e extremamente católica.

As aulas de Latim ocorriam somente às quintas e sextas-feiras o que, para mim, significava que perderia 50% da carga horária. O problema era que o máximo de faltas tolerável era de 25%. Sabia que se não procurasse uma saída alternativa para abonar as minhas faltas estaria praticamente reprovada.

Em virtude de Latim ser uma disciplina complexa e que exige o máximo de assistência do aluno para ser assimilada, achava-me completamente alheia sempre que assistia às aulas de quinta-feira. Como se não bastasse minha visível dificuldade de aprendizagem comecei a receber críticas e pressões de minha professora que tentava a todo custo convencer-me a assistir as aulas nas horas sabáticas de sexta-feira à noite; ela me dizia em plena sala de aula perante os colegas:

- O meu Deus não castiga, Francineide! Você é uma pessoa de pouca fé em achar que seu Deus não vai te perdoar.

Até que um dia, chamou-me para uma conversa particular logo após a aula e disse que se eu não comparecesse às aulas no sábado certamente ficaria reprovada em sua disciplina.

Foi então que propus em meu coração ser fiel a Deus ainda que isso me custasse a reprovação; pensei em trancar a disciplina por que estava realmente muito difícil de acompanhar o conteúdo complexo das declinações latinas assistindo apenas uma aula por semana. Porém, lembrei-me das promessas maravilhosas do Senhor que nos ajuda quando lhe somos fiéis. Dirigindo-me a Ele orei: Senhor! Farei a minha parte e Tu farás a Tua.

Passei várias madrugadas estudando a complexa gramática latina, até que chegou o tão temido dia da avaliação que estava marcado (não sei se a propósito) para ocorrer numa sexta-feira. Dirigi-me então à professora Gisélia para dizer-lhe que não iria comparecer à avaliação de sexta-feira e para a minha alegria, sabendo que era a resposta de Deus por minha fidelidade, ela me disse que poderia submeter-me à avaliação na casa dela.

Por outro lado, a situação sui generis proposta pela professora se constituía em mais uma prova, seria só eu e ela, ou melhor, ela, eu e o meu Deus. Estudei como nunca havia estudado, passei várias noites acordada tentando aprender o que não conseguia assimilar na faculdade e com a ajuda de Deus e do meu esposo que muito me auxiliou nos estudos e acompanhando-me nos exercícios das declinações latinas durante as madrugadas, fui conseguindo entender tudo o que antes parecia impossível.

A barreira intransponível foi derrubada por aquele que é o dono de todo o saber, e que dá sabedoria a quem ele ama. Encontrava-me visivelmente cansada no dia da prova, era um domingo pela manhã quando cheguei à casa da professora acompanhada pelo meu esposo.

Ao vê-lo ela ainda observou:

- Já fiz de tudo para essa moça assistir às aulas das sextas-feiras.

Submeti-me à avaliação e para minha satisfação, fui a única a obter a nota máxima (10,0), enquanto a média geral da disciplina ficou abaixo de 7,0. Recebi uma mensagem da professora pelo celular revelando-me a nota e parabenizando-me pelo feito. Foi assim que conquistei o especial respeito e a grande e sincera amizade da professora de Latim.

Ela passou a considerar-me chegando ao ponto de transferir o horário das aulas que ocorriam esporadicamente nas manhãs de sábado, para a noite. Tive então oportunidade de falar-lhe mais abertamente sobre o meu Deus e da guarda do sábado.

A professora conseguiu aprovação para o mestrado e deveria se ausentar de Balsas – MA e viajar para Goiânia – GO onde deveria cursá-lo, porém antes de sua partida convidei-a para um almoço bem especial em minha casa; na ocasião presente-ei-lhe com uma Bíblia; um exemplar do livro “Os dez Mandamentos”; um exemplar do livro “Esperança para Viver”; uma revista Adventista especial sobre o Sábado e um curso bíblico.

A professora Gisélia, antes de viajar, endereçou-me uma carta em que revela o quanto tem sido gratificante para ela, enquanto professora ter uma aluna aplicada como eu, manifestou enfim, a admiração especial que passou a nutrir por mim em trechos que encontram-se transcritos a seguir:


“... foi um prazer ter você em minhas aulas...”;
“... são pessoas como você que fazem valer à pena o esforço de ensinar...”;
“... admiro muito você... sua presença e suas participações enriqueceram minhas aulas.”
Isso muito me emociona, mas ficarei mais feliz quando minha professora passar a admirar, ou melhor, adorar ao Deus criador e redentor nas sagradas horas sabáticas. Ainda trago na mente o momento singular em que fizemos juntas, pela primeira vez, uma oração em família na sala de jantar de minha casa no dia daquele almoço especial.

Hoje, ela encontra-se em Goiânia fazendo o seu mestrado, oro para que Deus a torne mais uma guardadora dos Seus mandamentos.



Francineide a protagonista desta história



Um comentário:

Gibran Alves disse...

Realmente o Poder de Deus, é maravilhoso quando nos colocamos em suas mãos, ele tem se mostrado fiel, em todas gerações com aqueles: que o adoram, em espirito e verdade ....